Recortar é desconstruir. Colar é dar um novo sentido. Nesta série, a técnica utilizada foi muito similar ao processo mental para entender o movimento da decolonialidade. Imagens, conceitos e ideias vão sendo recortados e colados na medida em que vamos nos entendendo enquanto identidade e cultura. O prazer de expandir limites gera também a frustração de não poder rompê-los por falta de ferramentas, informação ou tempo. Escapar das narrativas dominantes é uma luta permanente das pessoas que não pretendem compactuar com qualquer tipo de preconceito, estando ou não no lugar de fala.
ColonialMente mostra colagens que comentam esse processo de estabelecer um novo olhar. Nelas, figuram mapas, rotas, objetos e personagens deste caldo histórico que hoje nos faz questionar quem somos. Desde a pesquisa das imagens, o corte cirúrgico e a forma final, o trabalho retrata os rumos antagônicos da sociedade em nossos tempos e a reflexão sobre eles. São sempre mais perguntas do que respostas.